12 Badaladas, 12 tradições de ano novo
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Mudam-se os tempos, os contextos, os festejos, mas a tradição ainda é o que era. O ano novo não tarda está aí e às doze badaladas há quem cumpra com rigor e empenho algumas tradições de ano novo. Superstição ou não, são muitos os que – por exemplo, sem gostar particularmente – engolem as doze passas à meia-noite ou deitam fora coisas velhas. Conhece a superstição de abrir a porta e as janelas de casa momentos antes da meia-noite? Pois, também existe e tem um propósito. Esta e muitas mais que enumeramos; afinal, quem não quer começar o ano novo com o pé direito?
DOZE PASSAS
Talvez a mais popular em Portugal, a tradição de comer 12 passas tem origem no país de nuestros hermanos. Numa altura em que não festejavam o ano novo mas sim a chegada dos Reis Magos a 6 de janeiro, instituiu-se a obrigação de celebrar a data em Espanha. Mas, como forma de protesto, a população comia passas ao invés das uvas – tradição em França e na Alemanha. Ora, o tempo foi passando e a ação tornou-se tradição, se bem que muitos espanhóis “voltaram” às uvas. Com uvas ou passas – há quem coma gomas ou pipocas, imagine – peça um desejo por cada uma (um por cada mês do ano) e prepare-se para a próxima.
BRINDAR
É da praxe! Às doze badaladas, o champanhe é, por norma, a escolha de eleição para o brinde. Segundo dizem, brindar com água dá “pouca sorte”, portanto vale mais jogar pelo seguro. Encha o copo e prepare-se para um tchin-tchin.
PÉ DIREITO
Entre literalmente com o pé direito no ano novo. Sim, literalmente. Levante o pé esquerdo do chão e deixe o “sinistro” – em latim, associado à esquerda – para trás! Uma crença que fez com que se associasse o bem à direita. Portanto, à meia-noite, tudo ao pé-coxinho. Se quer reforçar esta tradição, pode saltar de cima de uma cadeira para o chão mas- lembre-se, sempre com o pé direito. O salto simboliza a passagem de um ano para o outro.
ROUPA INTERIOR AZUL
Tradicionalmente, vestiam-se cuecas azuis mas, pelo significado das cores, há quem opte por outros tons. Em qualquer dos casos, certo é que a peça tem de ser nova. Ora, as azuis dão boa sorte em geral, vermelhas estão relacionadas com a paixão e a sorte no amor, as brancas são indicadas para quem procura paz, já as verdes são indicadas para quem quer atrair saúde e as amarelas para quem quer atrair dinheiro e abundância. Basta escolher.
DINHEIRO
Por falar em dinheiro, outra tradição é colocar dinheiro no sapato; representa riqueza o ano inteiro. Quem o diz são os venezuelanos e a tradição não tardou em galgar fronteiras. Para a cumprir e atrair dinheiro, na noite de fim de ano, “esconda” uma nota no sapato – porque não uma em cada um? – para ter os “bolsos cheios” ao longo do ano que agora começa.
TACHOS E PANELAS
Vamos fazer baruuuuulho!!! A ideia é afugentar tudo o que é menos bom e que melhor recurso quer além das tampas dos tachos e das panelas? É purificador, dizem, e afasta os perigos bem como os maus presságios. Sabia que, em Lisboa, nos anos 50 e 60 chegava-se a atirar pratos e outros objetos pela janela? Pois, a verdade é que a moda chegou ao fim por causa do caos que criava. Ainda bem, não?
LIVRE-SE DAS COISAS VELHAS
Não precisa de mandar pela janela e correr o risco de acertar em alguém mas também pode cumprir a tradição de se livrar de coisas velhas para se livrar do passado. Deite fora objetos velhos, destralhe, deite fora roupa que não usa (e não está em condições para doar) e aposte em coisas novas. A tradição tem origem em Itália onde, na verdade, também se mandavam as coisas pela janela. Já diz a sabedoria popular, para a frente é que é o caminho.
PORTAS ABERTAS
Este ano, com as regras que temos o dever de cumprir (pelo bem de todos) muitos são os portugueses que vão passar a meia-noite em casa. Pois bem, aproveite para abrir a porta de casa e vai, segundo a tradição, ter comida, dinheiro e calor todo o ano. Na origem desta tradição estão os ingleses que, depois da meia-noite, abriam a porta de casa para deixar entrar o novo ano e o primeiro moreno que aparecer. Exato, o primeiro, mesmo que não conhecesse; tinha era de levar pão (representa a comida), sal (o dinheiro) e carvão (calor) para toda a família.
EVITE DISCUSSÕES
Este conselho vale para o ano inteiro mas, em particular no primeiro dia do ano, evite discutir. Esta é uma superstição espalhada no mundo inteiro e assim, dizem, evita confrontos; muitas culturas acreditam que discutir no primeiro dia do novo ano atrai conflitos para os restantes 364 dias. Na dúvida, vale mais não arriscar, não acha?
É AMANTE DE VIAGENS?
Se adora viajar, pegue já na mala pois esta é a superstição indicada para si! Sabemos as restrições que todos temos de cumprir mas isso não impede que coloque já tudo à mão se semear. Quem o recomenda são os venezuelanos que, à meia-noite andam pela casa com a mala de viagem; e pode até estar vazia, portanto, não vai fazê-lo perder tempo. Ora, na Venezuela acredita-se que este gesto atrai oportunidades para viajar no futuro, ou seja, se não gosta de estar muito tempo no mesmo sítio, siga esta tradição: quem sabe, resulta?
SALTE SETE ONDAS
Do hemisfério sul vem a tradição de saltar sete ondas durante os primeiros sete minutos do ano. Não tem de ser obrigatoriamente nos primeiros minutos, tem o dia inteiro para, de acordo com as normas, enfrentar o frio e saltar sete ondas “em nome da sorte”. Segundo esta superstição brasileira, acredita-se que vai atrair força para ultrapassar qualquer obstáculo.
BANHO NO MAR
Esta não podia faltar. Os mais corajosos (e menos friorentos) gostam de assinalar a chegada do novo ano com um belo mergulho nas águas salgadas – e frias, nesta época – do mar. Um teste à resistência e uma experiência que enrijece os ossos, dá saúde e purifica o espírito, dizem. E é isto que fazem dezenas de portugueses, mesmo nas praias nacionais, no dia 1 de janeiro.
Tradições de ano novo não faltam, como se vê. E você, costuma cumprir alguma?
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